terça-feira, 14 de setembro de 2010

Acordando os Intestinos



Quando o alimento é ingerido, o processo digestivo começa na mastigação/salivação, passa pelo estômago onde acontece a etapa inicial de quebra (digestão) do alimento até suas partes menores (macro e micronutrientes), chega ao intestino delgado para completar a digestão, absorção e secreção. O que será assimilado passa para a corrente sanguínea ou então segue para o intestino grosso para ser excretado.

Assim, o intestino grosso, ou cólon, representa a última parte do aparelho digestivo. Trata-se de um tubo mole de aproximadamente 1,50 m de comprimento e de 3 a 8 cm de diâmetro, pleno de reentrâncias e vilosidades internas. Ele apresenta como principais funções:

· Promover a eliminação das fezes;
· Reabsorver parte da água e alguns nutrientes;
· Contribuir para com o fortalecimento do sistema imunológico; afinal cerca de 80% do potencial imunológico encontra-se nesta etapa do processo digestivo;
· Hospedar a flora microbiana intestinal (lactobacilos acidóphilus, bifidobacterias etc.) que exerce várias funções importantes, como sintetizar vitaminas do complexo B e K, destruir micróbios e bactérias patogênicas, proteger a integridade dos tecidos etc.

Obviamente, ao longo desta viagem o corpo deve ser nutrido com todas as substâncias que necessita e os dejetos deste processo devem ser excretados no menor tempo possível.

Como nos alimentamos em média 3 vezes ao dia, deveríamos evacuar de 2 a 3 vezes ao dia, de preferência após cada refeição como fazem os bebês, que evacuam logo após que mamam, devido ao reflexo gastro-cólico.

Entretanto, a absorção/assimilação dos nutrientes (considerando uma alimentação saudável) e novos registros para a vida (aprendizados) podem ser inibidos se as paredes do intestino grosso estiverem obstruídas com massas de depósitos destes detritos alimentares que não foram devidamente eliminados. Estes resíduos podem estar retidos por dias, meses, resultantes de um ou mais fatores relacionados com maus hábitos alimentares e outros.

Assim, os detritos que deveriam ser eliminados permanecem no intestino grosso durante muito tempo, nutrindo as más bactérias, sendo fermentados ou entram em putrefação. Neste processo, produz-se material tóxico que será reabsorvido pelo organismo, produzindo uma "auto-intoxicação". Isto ocorre devido ao aumento da permeabilidade intestinal, ou seja, a mucosa do intestino é continuamente agredida e vai tornando-se mais permeável porque as células perdem o seu natural poder de coesão e classificação.

Este acúmulo de toxinas no intestino grosso pode ser a causa de numerosas dificuldades de saúde, produtividade e qualidade de vida. As toxinas produzidas pelas putrefações intestinais alcançam pela via sangüínea os órgãos vizinhos, intoxicando-os e degenerando-os, contribuindo para o surgimento de problemas como: baixa das funções imunológicas, fadiga, enxaqueca, celulite, alergias, problemas de pele e unhas, cólicas, obesidade entre outros. Existe também uma correlação muito significativa entre a freqüência crescente dos cânceres do cólon nos países industriais e a alimentação pobre em alimentos frescos, crus e ricos em fibras, enzimas, vitaminas, sais minerais, água etc.

Uma alimentação inadequada ou pobre em nutrientes e fibras (como as carnes, alimentos refinados e industrializados), além de ambientes por demais poluídos, atividades diárias com demasiado estresse físico ou emocional, como também sedentárias e a impossibilidade de realizar atividades físicas freqüentes, provocam problemas gastrintestinais, dificultando o processo natural de digestão, absorção e eliminação dos alimentos, causando baixa imunidade, prisão de ventre, constipações, cólicas, gases, câncer etc.

A Alimentação Desintoxicante, crua e viva, tem o papel de reverter todo este quadro, pois tem início com a prática dos sucos desintoxicantes, que ajuda todo o sistema digestivo, com seus “banhos internos DIÁRIOS”, ricos em clorofila (magnésio) a provocar uma desintoxicação contínua e diária de todos os venenos e toxinas. Em paralelo, tais sucos irão fortalecer a presença e desenvolvimento da microbiota intestinal, ou seja, a sanidade das vilosidades intestinais e o sistema imunológico.

A filosofia da Alimentação Desintoxicante, além de incentivar o uso diário do enorme benefício dos sucos desintoxicantes, também esclarece sobre a importância de mudar certos hábitos como a prática freqüente de exercícios físicos que mobilizam a energia e estimulam o pleno funcionamento dos intestinos, rins, fígado, sudorese e pulmões.

Receita Uso Externo
Óleo de Massagem Desintoxicante – para acordar os Intestinos: 2 colheres (sopa) de óleo de linhaça prensado a frio + 6 gotas de óleo essencial de limão + 3 gotas de óleo essencial de erva-doce + 3 gotas de óleo essencial de capim limão.

Colocar tudo em um frasco de vidro escuro misturar e manter em local fresco. Massagear por 5 minutos (mínimo) todo o ventre, com movimentos vigorosos (como se estivesse despertando todos os seus órgãos internos) desenhando um círculo no sentido horário. Realizar este procedimento diariamente pela manhã antes de levantar e à noite após deitar. Para saber mais sobre os ingredientes ou produto pronto visite o site www.aromarte.com.br

Receitas Uso Interno - Sucos Desintoxicantes - tomar em JEJUM
Suco de maçã - rico em pectina e antioxidantes. Preparado com 1 xícara (chá) de folhas e talos de hortelã, 1 limão (ideal que seja com a casca), 1 cenoura (ou beterraba) média, 2-3 maçãs - 1 colher (sopa) de semente de linhaça (crua e inteira) deixada de molho em 5 colheres (sopa) de água durante toda a noite. Bata tudo no liquidificador, coe num coador de voil (panela furada 1 ou 2) e sirva imediatamente.

Suco de uva - alcalinizante, mineralizante, depurativo e antioxidante. Preparado com 1 xícara (chá) de uva passada pela panela furada 1, suco de 1 limão, 1 inhame cru e água de coco a gosto. Bata tudo no liquidificador e sirva imediatamente.

Suco de abacaxi - digestivo e adstringente. Preparado com 1 xícara (chá) de abacaxi em cubos, rodelas de gengibre a gosto,suco de 1 limão, 2 colheres (sopa) de semente de girassol (crua com casca) deixada de molho em água durante toda a noite e folhas de hortelã a gosto. Bata tudo no liquidificador, coe na panela furada 1 ou 2 e sirva imediatamente.

Conceição Trucom é química, cientista, palestrante e escritora sobre temas voltados para a alimentação natural, bem-estar e qualidade de vida.

Fonte: wwww.docelimao.com.br

A Paz é Intestinal


Por Dr. Alberto Gonzalez

O sistema digestivo, após uma refeição, usa de todos os recursos para obter os nutrientes que irão sustentar a vida.
Basicamente são: enzimas que degradam gorduras, proteínas e carboidratos, ácidos e bases para 'digerir' grandes moléculas,emulsificantes, quelantes, um verdadeiro laboratório bioquímico, à nossa disposição. Tudo funcionando naturalmente,permitindo que aquilo que usamos como alimento possa ser transformado em nutrição e energia.

O tubo digestivo deve ter a capacidade de selecionar o que é bom (nutrição) e o que é ruim (excreção). Defender-se de um intruso com más intenções, e manter os que pegam carona e nos ajudam: das bactérias. São em média um quatrilhão de bactérias que, dependendo da alimentação, podem ser grandes amigas ou grandes inimigas da saúde.

Para manter essa enorme população de bactérias, nem sempre pacíficas, as paredes do tubo digestivo contam com a maior massa de tecido do corpo humano: o sistema de células M e as placas de Peyer. Esse sistema imunológico pode identificar e destruir microorganismos e moléculas que não nos servem ou selecionar e absorver moléculas complexas que sejam necessárias à economia e saúde do organismo.

Os processos digestório e imunológico permitem a absorção de enzimas da dieta, e podem neutralizar e destruir bactérias nocivas ou relacionar-se diplomaticamente com elas, e até dar suporte a populações de bactérias benéficas.

Se ingerirmos alimentos cozidos antes de um exame de sangue (café com leite e pão com manteiga por exemplo), nosso corpo iniciará uma resposta imune que eleva a contagem de glóbulos brancos a um valor parecido ao de uma apendicite aguda. Essa
resposta orgânica é chamada de lcocitose digestiva. É por isso que os laboratórios pedem sempre que se fique em jejum antes de um exame de sangue. Esse fato, entretanto, não ocorre após a ingestão de alimentos crus.

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As bactérias podem gerar efeitos diametralmente opostos na nutrição e vitalidade, dependendo do seu gênero:

• Benéficas: trabalharão incessantemente fermentando, degradando, digerindo, produzindo vitaminas (como as do complexo B),interferon (o mais potente remédio contra os vírus), antioxidantes, degradando colesterol nocivo e mantendo nosso sistema imune estável, saudável e ativo.

Elas se nutrem basicamente de fibras e alimentos de origem vegetal, principalmente os íntegros, maduros e frescos, ou seja, não refinados, cozidos, fritos, aditivados ou congelados.

• Nocivas: trabalharão incessantemente produzindo colesterol nocivo, enterotoxinas, produtos carcinogênicos e imunodepressores, radicais livres e tornando o sistema imune instável, deprimido e auto-agressivo.

Elas se nutrem de alimentos industrializados e vazios de nutrientes, açúcar, refinado( sacarose), farinhas e amidos refinados, aditivos sintéticos, produtos de origem animal.

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Anatomia inteligente dos intestinos

Apesar de ocupar um pequeno espaço dentro do abdomen, as pregas intestinais fazem com que a área do intestino aumente 3 vezes. Um aumento adicional de sete a dez vezes é garantido por centenas de milhares de pregas minúsculas: as vilosidades.

E, ainda por cima, dentro das vilosidades, na borda das células intestinais, estão as microvilosidades (bordas em escova)que fazem essa área aumentar mais 15 a 40 vezes. E é nesses recantos que as bactérias habitam mas, a qualidade delas determina a nossa saúde.

Hipócrates afirmava em 400 a.C. que somos aquilo que comemos. Verdade absoluta, mas hoje a ciência da probiótica deixa claro que: Somos o que temos de bactérias em nosso intestino.

Os alimentos cozidos, irradiados, embutidos, os açúcares e as gorduras saturadas são os alimentos prediletos de bactérias hostis. Alimentando-se assim, mantemos em nosso intestino um viveiro de serpentes venenosas, que transformam tudo o que aparece em toxinas fortíssimas e degradam substâncias presentes nessa forma de dieta, em produtos que fabricam o câncer, podendo agir diretamente na parede do intestino ou ser absorvidos, gerando um enorme problema para nosso corpo se livrar.
Causa surpresa que esses alimentos sejam considerados inofensivos pela Saúde Pública.

Michael Gershon, um eminente pesquisador americano, publicou em 2002 o livro O segundo cérebro. Simultaneamente, no Brasil, foi publicado pelo Dr. Helion Póvoa o livro O cérebro desconhecido. São leituras interessantíssimas acessíveis a leigos com algum sacrifício).

Nosso tubo digestivo, feioso, na obscuridade abdominal, capaz de produzir puns e coco, é na verdade um cérebro sensível, pensante, emocionável, irritável, magoável. Além de ter memória emocional, é capaz de emitir sinais transmissores sutis ao cérebro branquinho e chique lá de cima, na cabeça.

Assim, o que temos nos intestinos pode influenciar nosso pensamento e felicidade. De forma análoga, a ciência comprovou que o uso de tranquilizantes ou terapia pode fazer uma pessoa melhorar no âmbito psicológico, mas se nada mudar na alimentação,os intestinos desses mesmos indivíduos continuarão a apresentar suas próprias psiconeuroses.

Existem milhões de neurônios no tubo digestivo, fazendo-o senhor de seu próprio controle, e há relativamente poucas conexões com o sistema nervoso central, além das fibras vagais. O que é mais surpreendente ainda: se fossem desligados de vez todos esses circuitos integrativos, ainda assim o tubo digestivo seria capaz de funcionar com algum grau de coordenação. Segundo Gershon, "a voz do cérebro certamente se faz ouvir no intestino, mas não em linha direta com todos os membros da congregação entérica”. Esse e outros fatos comprovados pela ciência levaram os fisiologistas a determinar o que hoje se denomina de "divisão entérica" do sistema nervoso, ou seja, a parte do sistema nervoso relativa especificamente aos intestinos.

O tubo digestivo tem importantes efeitos sobre o comportamento humano. E um complexo computador de informações do ambiente que pode harmonizar-se com o hospedeiro ou rebelar-se contra ele.

O maior mediador do pensamento, a serotonina, tem 95% de sua produção nos intestinos.

Se considerarmos ainda que os intestinos possuem funções de regulação de todas as glândulas do corpo, que é estratégico para a formação do sangue, que é a base de nossa imunidade, e a origem de nossa alegria interior e bem-estar, poderemos afirmar: A paz começa nos intestinos.

Fonte: www.docelimao.com.br

Video do intestino